Jesus Cristo declarou que “o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é Senhor também do sábado” (Marcos 2:27, 28).
E não somente foi o sábado “estabelecido por causa do homem”, mas foi feito também por esta Pessoa verdadeira que a Si mesma Se declara ser “Senhor” “também do sábado”; e, quanto a Cristo, São João nos assegura que “todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e sem Ele nada do que foi feito se fez” (João 1:3).
Assim, desde que o sábado “foi estabelecido”, e desde que “sem Ele (Cristo) nada do que foi feito se fez”, segue-se que Jesus em pessoa foi o Criador do sábado, razão verdadeira por que também Lhe assiste o direito à distinção de ser “Senhor também do sábado”.
Declarando, pois, o Autor do sábado, que este não foi feito primeiramente para Ele, mas “por causa do homem”, devemos encontrar no sábado virtudes particulares que são dignas da sua criação como uma bênção para a humanidade. Nosso Deus nos proporciona o melhor que a mente infinita pode produzir. Ele nos dá as maiores bênçãos; e nenhum substituinte pode igualar aquilo que Deus fez a favor do homem.
O sábado tem uma base toda peculiar e especial. Ele comemora a criação, ensinando ao homem que é de origem divina, que tem um Pai celestial, e que não foi trazido à existência por mero acaso ou processo evolucionista.
Pelo Seu poder e sabedoria fez Jeová tudo quanto existe nos céus e na Terra. Mas o pecado penetrou na criação perfeita de Deus. Os homens, embora “tendo conhecimento de Deus não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças, antes se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se o coração insensato” (Romanos 1:21).
Contudo, não atentando na degradação do homem, “Deus, amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (São João 3:16). Mediante o amor do Céu, expresso no dom de Jesus, pode o homem caído, pecaminoso e degradado, voltar ao estado elevado e glorioso do qual caiu.
Esta restauração do homem perdido requer, porém, um novo nascimento, uma nova criação. Ao líder judeu, que O procurou certa noite, disse Jesus: “Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo (ou ‘de cima’, segundo outra versão), não pode ver o reino de Deus”. Nicodemos maravilhou-se das palavras do Mestre, e o Senhor lhe repetiu: “Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (São João 3:3-5).
Este novo nascimento, é descrito por Paulo como uma “nova criação” (II Coríntios 5:17, rodapé). Uma “novidade de vida” é concedida ao indivíduo (Romanos 6:4).
Sendo a conversão, ou o renascimento, uma nova criação, quão apropriadamente o sábado, o sinal do poder criador de Deus, se adapta aos desígnios do evangelho! Significação profunda há nestas palavras: “Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirá: Certamente guardareis os Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica” (Êxodo 31:12, 13)
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