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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

PROFECIAS PARA O TEMPO DO FIM/A ESPERANÇA DE ISRAEL


O teste para Israel estaria na reação para com Jesus, o Messias.

Cristo sustentou que todo Israel deveria ir até Ele para receber o descanso de Deus, ou já estaria julgado. “Quem não é por Mim é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mateus 12:30; 18:20; 23:37).

Cristo anunciou: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor” (João 10:16; Isaías 56:8).

Como pastor messiânico, Cristo declara que veio para cumprir as promessas com concerto com Israel. Ele veio reunificar Israel consigo mesmo (Mateus 12:30) e, mais do que isso, reunir os gentios a Ele (João 12:32). Apontando oficialmente doze discípulos como Seus apóstolos (Marcos 3:14 e 15), Cristo constituiu um novo Israel, o remanescente messiânico de Israel, e o chamou de Igreja (Mateus 16:18). Assim, Cristo fundou Sua Igreja como um novo organismo com estrutura e autoridade próprias, dotando-a com “as chaves do reino dos céus” (verso 19; 18:17).

A decisão final de Cristo em relação à nação judaica veio ao fim de Seu ministério, quando os líderes judeus tinham determinado rejeitar Sua afirmação de ser o Redentor de Israel. As palavras de Cristo em Mateus 23 revelam que a culpa de Israel perante Deus tinha atingido sua consumação (Mateus 23:32). Seu veredicto foi: “Portanto vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos” (Mateus 21:43). Essa decisão significou que o povo judeu não mais seria o povo teocrático de Deus, e que o verdadeiro Israel continuaria através de um povo que aceitasse o Messias e Sua mensagem do reino de Deus.

Que novo “povo” tinha Cristo em mente? Numa ocasião anterior, Cristo tinha notado, para Seu espanto, que um centurião romano mostrara mais fé nEle do que jamais alguém manifestara em Israel. Aí, então, Ele afirmou: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Lucas 13:28; Mateus 8:11 e 12).

Assim, torna-se evidente que Cristo não prometeu o reino de Deus – a teocracia – para outra “geração” de judeus no futuro distante, como alguns autores sugerem, mas sim para crentes em Jesus de todas as raças e nações, “do Oriente e do Ocidente”.

Somente em Cristo poderia Israel, enquanto nação, permanecer como o verdadeiro povo do concerto divino. Ao rejeitar Jesus como Rei apontado por Deus, a nação judaica falhou no decisivo teste de cumprir o propósito divino para com os gentios. Cristo, no entanto, removeu o concerto com Seus 12 apóstolos. Ele outorgou ao Seu rebanho messiânico o antigo chamado divino para ser a luz do mundo (Mateus 5:14) e para “fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19). 

Deus não dependia da nação judaica para o cumprimento de Seu propósito para todos os povos. Seu plano não poderia ser frustrado ou adiado por causa da rejeição do Messias por Israel. O pentecostes provou que Deus estava “agindo pontualmente”. Exatamente quando chegou a festa anual de Pentecostes (Atos 2:1; literalmente “ao cumprir-se”), dramáticos eventos tiveram lugar em cumprimento à profecia. Do Céu, Cristo derramou o prometido Espírito sobre Seus fiéis seguidores.

Os apóstolos salientaram que cada acontecimento na vida, morte, ressurreição e ascensão de Cristo, o recebimento do Espírito de Deus e Sua entronização à direita de Deus – tudo era um claro cumprimento das profecias de Israel. Pedro explicou a traição e a morte de Jesus como cumprimento do “desígnio e presciência de Deus (Atos 2:23). Mesmo a perseguição da Igreja em Jerusalém é vista como algo que “a mão e o propósito de Deus predeterminaram” (Atos 4:28).

O método apostólico de interpretar o Velho Testamento é aplicar a profecia de Israel à luz da pessoa e da missão de Cristo. Desse modo, não há adiamento algum do reino de Cristo, mas apenas novos progressos e cumprimentos (cerca de 3 mil judeus aceitaram a interpretação de Pedro e foram batizados, Atos 2:41).

A interpretação de Pedro sobre o derramamento do Espírito como um cumprimento direto da profecia de Joel para os últimos dias (versos 16-21) confirma o conceito de que a Igreja não era uma entidade não prevista no Velho Testamento. Em vez disso, a Igreja foi o surpreendente cumprimento da profecia de Joel sobre o remanescente. Assim, a Igreja não é uma reflexão posterior ou uma interrupção no plano de Deus com Israel para o mundo, mas a configuração do remanescente escatológico de Israel.

Pouco depois do derramamento do Espírito sobre a Igreja, Pedro declarou categoricamente: “E todos os profetas, a começar com Samuel, assim como todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias” (Atos 3:24). Em outras palavras, desde o Pentecostes, todas as profecias relativas ao remanescente de Israel receberam seu cumprimento na formação da Igreja apostólica. Pedro dirigiu-se às igrejas cristãs de seu tempo, espalhadas pelo Oriente Médio (I Pedro 1:1), com os honoráveis títulos de Israel: “raça eleita”, “sacerdócio real”, “povo de propriedade exclusiva de Deus” (I Pedro 2:9; Êxodo 19:5 e 6).

Apesar de não usar o nome “Israel”, Pedro estende o chamado de Israel à Igreja. Essa interpretação remove as restrições nacionalistas e étnicas do velho concerto. O povo do novo concerto já não é caracterizado por uma raça ou nação, mas exclusivamente pela fé em Cristo. Isso pode ser chamado de espiritualização de Pedro quanto a Israel como uma “nação santa”. Ele argumenta na linha da tipologia da Páscoa, quando salienta que cristãos, como “eleitos de Deus”, foram “redimidos” pelo “precioso sangue de Cristo, como de cordeiro sem defeito ou mácula” (I Pedro 1:1, 18 e 19). Paulo também usa a tipologia da Páscoa (I Coríntios 5:7). 

A palavra Israel realmente significa “Deus controla”, nome dado a Jacó na noite em que ele lutou com o anjo e em que sua natureza de intrigante foi mudada (Gênesis 32:24-30). Os verdadeiros israelitas são, portanto, homens e mulheres controlados por Deus – indivíduos com natureza nova.

Declara Deus, através do profeta Ezequiel: “De todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos voz purificarei... porei dentro em vós espírito novo... Porei dentro em vós o Meu Espírito” (Ezequiel 36:25-27). Deus está purificando hoje o Seu povo e preparando-o para a cidadania do Seu reino vindouro.

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