Para parte dos cristãos, ser homossexual é errado – e é a Bíblia que diz isso. Mas um grupo de ativistas dos direitos gays discorda, diz que tudo não passa de erro de interpretação, e está lançando uma nova versão do livro sagrado para tentar provar isso. É a Queen James Bible, já à venda na livraria virtual Amazon.
Seu título faz referência à King James Bible, uma das versões mais tradicionais da Bíblia em língua inglesa. O editor da Bíblia gay se identifica apenas como Queer James (James alegre). O livro traz oito alterações no texto bíblico, recebidas com críticas por grupos cristãos dos EUA – que acusam a nova versão de tentar legitimar a homossexualidade. O autor da Bíblia gay rebate. “Você não pode escolher sua orientação sexual. Mas pode escolher Jesus. E agora pode escolher a sua Bíblia também.”
O QUE MUDOU
As principais alterações da nova versão
LEVÍTICO 18:22
Trecho: “Não te deitarás com outro homem, como se fosse mulher no templo de Moloch“
Explicação Levítico tem duas passagens (18:22 e 20:13) que costumam ser utilizadas para dizer que a homossexualidade é pecado. A Bíblia gay altera esses trechos para dizer que o sexo entre homens só era errado se acontecesse no tempo de Moloch, um deus pagão.
CORÍNTIOS 6:9-10
Trecho: “Nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados moralmente fracos, nem os sodomitas promíscuos, nem os ladrões (…) hão de possuir o reino de Deus.” Explicação: As alterações tentam corrigir supostos erros ocorridos na tradução de termos gregos. Efeminado seria a tradução errada de malakoi, que significa “preguiçoso”. Em sodomitas, teria havido erro de tradução de arsenokoitais, que significa “homem com muitas camas” – promíscuo, não homossexual (Superinteressante).
“Vejo que essa iniciativa dos ativistas gays”, escreve André Sanchez “abre um longo caminho para que qualquer pessoa faça a sua própria tradução da Bíblia, conforme suas convicções. Assim, imagino que nos próximos anos poderemos ter Bíblias no mercado que sejam também reeditadas para que expressem a ‘verdade’ de que Deus não vê com maus olhos o egoísmo, a avareza, a jactância (orgulho), a arrogância, a blasfêmia, a desobediência aos pais, a ingratidão, a irreverência, o desafeiçoado (sem amor), o implacável (cruel), o caluniador, o sem domínio de si, o inimigo do bem, a traição, o atrevido, o enfatuado (orgulhoso), o mais amigo dos prazeres que amigo de Deus, a prostituição, a impureza, a paixão lasciva, o desejo maligno, a ira, a indignação, a maldade, a maledicência, a linguagem obscena do falar, a mentira, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, a inimizade, a porfia (discussão, briga), o ciúme, a ira, a discórdia, a dissensão, a facção (divisão), a inveja, a bebedice, as glutonarias, a insensibilidade, a palavra torpe (palavrão), a amargura, a cólera, a gritaria, a malícia, a rebeldia, a impiedade, a profanação, o parricídio, o matricídio, o homicídio, o rapto de homens, o perjuro (jurar falsamente), a injustiça, o adultério, o maldizer…” (2Tm 3. 1-4; Cl 3. 5-9; Gl 5. 19-21; Ef 4. 19-32; 1Tm 1. 9-10; 1Co 6. 9-11).
“Todas essas coisas estão descritas na Bíblia Sagrada, que tem sido odiada por muitos pelo fato de confrontar o homem em seus erros, a fim de que se volte à vontade de Deus. Porém, o homem prefere tapar seus ouvidos e criar a sua própria palavra conforme foi visto na iniciativa dos ativistas gays”, finaliza André Sanchez.
Pouco tempo antes de sua morte, Herbert G. Wells, o grande escritor e historiador inglês, escreveu as seguintes sombrias palavras: “A destruição não está ameaçando a civilização; está ocorrendo com a civilização diante dos nossos olhos. O barco da civilização não irá submergir em cinco anos, nem em cinquenta anos. Ele está submergindo agora”. Na verdade, as características bíblicas da moralidade que prevaleceriam por ocasião do fim do mundo, não irão se cumprir em nossa geração; nossa geração já as tem cumprido plenamente.
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