Anos atrás, o dr. Louis Finkelstein, presidente do Seminário Teológico Judaico de Nova Iorque, expressou sua esperança em um renascimento espiritual do judaísmo na América. No entanto, o mais importante é voltar para Deus.
Numa viagem ao Oriente Médio, o escritor e jornalista Roy Allan Anderson, descobriu entre os judeus residentes na Palestina, que muitos não tinham o conhecimento do Deus de seus pais. Alguns diziam com ênfase: “Não queremos instrução religiosa. Não temos nem rabinos e nem Bíblia, e não queremos ter nenhum”. Não é difícil ver que o Sionismo não é um movimento religioso, mas é inspirado em grande medida por sentimentalismo e política.
Contudo, Deus há de ter um povo que O sirva, pois está escrito: “Os restantes de Israel não cometerão iniquidade, nem proferirão mentira, e na sua boca não se achará língua enganosa” (Sofonias 3:13). “Um Renovo justo reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na Terra... Será este o Seu nome, com que será chamado: Senhor Justiça Nossa” (Jeremias 23:5 e 6).
Muitos sábios influentes entre os judeus reconhecem o significado maior dessas profecias. Um deles é o Rabino Daniel Zion, um rabino búlgaro amplamente divulgado que tem pregado que Jesus de Nazaré foi de fato o Messias. No início da década de 70, esse rabino vivia em Israel, e seu coração ardia de paixão pela salvação de sua própria gente. Outros mestres entre os judeus compartilham suas ideias.
Haverá um despertamento espiritual entre o antigo povo de Deus. Através dos séculos têm sido os judeus o objeto de amarga aversão e perseguição até mesmo por alguns que se chamavam cristãos. Foi a Rainha Vitória, da Inglaterra, a primeira a remover por força de decreto real toda a desvantagem dos judeus. Isto ocorreu em 1833, e marcou o início de um novo dia de oportunidade para os judeus.
É necessário que haja um ajustamento pacífico com os árabes; porém, acima de tudo um ajustamento com Deus. As Escrituras revelam que deste perseguido povo do passado procederá uma poderosa hoste para a glória de Deus, da qual muitos terão uma parte definida na obra final do evangelho. “Haverá muitos conversos entre os judeus, e esses conversos ajudarão a preparar o caminho do Senhor, e fazer no deserto caminho direito para nosso Deus”.
O Antigo Testamento encerra com esta grande promessa: “Para vós outros que temeis o Meu nome nascerá o Sol da justiça, trazendo salvação nas Suas asas” (Malaquias 4:2). Ele virá com salvação , mas virá também com purificação do pecado, pois lemos em Malaquias 3:3: “Assentar-Se-á, como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi... eles trarão ao Senhor justas ofertas”. Somente os que são purificados por Deus são justos.
Um maravilhoso futuro está diante de Israel. No entanto, o verdadeiro Israel de Deus são aqueles que se apartam do mal e se apoderam de Seu concerto. Já no final da história humana haverá um remanescente que revelará a glória de Deus em sua vida. Eles terão uma grande parte na apresentação da mensagem de salvação ao mundo. Eles estarão entre os atalaias ou guardas que erguem a voz proclamando a salvação a “todas as nações; e todos os confins da Terra verão a salvação do nosso Deus” (Isaías 52:8-10).
Com seu belo templo destruído, sua cidade em ruínas, seu solo pátrio ocupado por legiões romanas e o governo sob a tutela de César, os judeus tornaram-se um povo espalhado e desprezado, porém nunca esquecido por Deus. Nos dias da antiguidade, “em toda a angústia deles foi Ele angustiado, e o Anjo da Sua presença os salvou; pelo Seu amor e pela Sua compaixão Ele os remiu” (Isaías 63:9).
Assim tem sido sempre. Embora os homens possam esquecer-se de Deus, Ele nunca os esquece. Embora aborreça a transgressão, ama o pecador. Está sempre desejoso de tomar os errantes de volta em Seus braços de amor e a porta da salvação está sempre aberta a quantos se arrependam das iniquidades.
Os gentios devem sempre ter em mente que a primeira comunidade cristã foi quase inteiramente constituída por judeus; que o Senhor Jesus Cristo pertenceu à tribo de Judá e à linhagem de Davi; que tanto o Velho como o Novo Testamento foram escritos por judeus; que “a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas” (Romanos 9:4) foram dados a Israel em custódia, para benefício de todos os moradores da Terra.
“A salvação vem dos judeus” (João 4:22), proclamou o próprio Cristo que representava o “descendente” especial que Deus referira em Sua promessa a Abraão. “Ora”, explica São Paulo, “as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo” (Gálatas 3:16). Assim é que agora há esperança tanto para judeus como para gentios, portanto, “não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28).
Seria a moderna nação judaica um retorno à justiça, uma volta a Deus por parte dos descendentes naturais de Abraão, Isaque e Jacó? Seria o atual Estado de Israel o cumprimento da promessa feita ao patriarca da fé e às doze tribos? Seria essa a “nação dos salvos” que algum dia percorrerá as ruas de ouro na cidade de luz? Seria o início do Reino Eterno que encherá a Terra com a glória do Senhor profetizado nas Escrituras? Quem vem a ser a “esperança de Israel” e sobre, que esperança os profetas e apóstolos falaram? Respondendo em parte a tais indagações, reportemo-nos a um episódio narrado no Novo Testamento.
Como prisioneiro, o apóstolo Paulo era levado perante o rei Agripa , e em sua defesa, declara: “E agora estou sendo julgado por causa da esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais, a qual as nossas doze tribos, servindo a Deus fervorosamente de noite e dia, almejam alcançar; é no tocante a esta esperança, ó rei, que eu sou acusado pelos judeus”. A seguir, revela o teor e o ponto central da tal esperança ao perguntar: “Por que se julga incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?” (Atos 26:6-8).
A esperança de Israel e do mundo, portanto, não deve repousar sobre este mundo de lágrimas, dor e morte; não num mundo onde o ódio, o preconceito e o temor se fazem presentes de todo o lado; não num mundo em que as limitações e sofrimentos impedem a felicidade humana, e sim num mundo feito novo, onde a desolação e a sepultura estarão para sempre banidas. O patriarca Abraão realmente compartilhava dessa esperança, “porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hebreus 11:10)
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