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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

PROFECIAS PARA O TEMPO DO FIM/A ESPERANÇA DE ISRAEL (PARTE III)


 O sentido teológico da história de Israel só pode ser plenamente compreendida por aqueles que acreditam que Jesus é o Messias

A Palestina tem sido um problema para o mundo inteiro. Há uma controvérsia milenar entre judeus e os árabes. Tudo iniciou quando Sara e Hagar contenderam acerca de Isaque e Ismael. O que começou no lar de Abraão tornou-se agora uma dor-de-cabeça de amplitude mundial. Hoje, um dos mais explosivos apuros internacionais do mundo é a Palestina. A diplomacia secreta nunca teceu uma teia mais intrincada do que a que contém o Oriente Médio em suas malhas.

Jerusalém é um centro não apenas para os judeus, mas também para os cristãos e muçulmanos. Aqui convergem três grandes religiões do mundo – Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Anos atrás, um dos papas deu aos monges franciscanos a responsabilidade de proteger os lugares santos. Quando da visita do Papa Paulo VI a essas áreas foi noticiado oficialmente um plano de construir em Jerusalém um centro permanente de estudos de teologia comparada a fim de promover unidade cristã e melhores relações com as fés não cristãs. Uma elevada fonte do Vaticano afirmou que o centro reuniria sábios cristãos e não-cristãos com o fim de pesquisar as crenças religiosas do mundo. Isso ainda não se tornou realidade. Nem o plano de reconstruir lá o antigo Templo Judaico. Já faz dezenove séculos que o Templo de Jerusalém foi destruído. 

O primeiro templo foi construído pelo Rei Salomão sobre o Monte Moriá, há uns três mil anos, no lugar em que, de acordo com a tradição, Abraão ofereceu seu filho Isaque em sacrifício a Deus.

Um obstáculo para a reconstrução do santo dos santos é que o seu lugar está no setor jordaniano. Aí se encontra o Domo da Rocha – um relicário maometano!

Também ocorreu a ideia de que Jerusalém seja internacionalizada. Naturalmente, isto daria os judeus, acesso aos lugares sagrados, mas é muito improvável que representasse uma resposta às suas milenares preces para que eles mesmos viessem a possuir Jerusalém. Tampouco representaria uma completa resposta às esperanças dos muçulmanos que alegam ter possuído a terra por mais tempo do que os judeus.

Em 1948, o moderno Estado de Israel foi estabelecido na Palestina. Portanto, em 2018, ele completa 70 anos de existência. Será que isso significa que esse país cumpre ou cumprirá as antigas profecias da Bíblia, como sugerem alguns teólogos? Essa pergunta só pode ser respondida pelos próprios autores bíblicos.

Ter fé em Jesus como o Messias das profecias de Israel é uma qualificação essencial para o cristão que estuda o Velho Testamento. Aqueles que não conseguem ver Cristo no coração dos escritos do Velho Testamento não são capazes e explicar o verdadeiro alcance das profecias de Israel.

Para Paulo, a verdade central do Velho Testamento não era Israel e seu futuro nacional, mas o Messias Jesus, o Senhor de Israel, o Redentor do mundo (Romanos 16:25-27; Gálatas 3:16; Filipenses 3:3-10).

O ponto cardeal é este: podem os cristãos tomar o Velho Testamento como uma unidade fechada, isolada do testemunho do Novo Testamento sobre seu cumprimento? Ou devem eles aceitar o Velho e o Novo Testamento juntos, como uma revelação orgânica de Deus em Cristo Jesus?

O Novo Testamento, como chave para entender o Velho Testamento, enfatiza a verdade de que Deus cumpriu a promessa a Abraão através de Jesus e renovou o Seu concerto (pacto) com Israel em Cristo, como “fiador de aliança superior” (Hebreus 7:22), introduzindo “uma esperança superior” (verso 19) para todos os crentes em Jesus, israelitas e gentios (Hebreus 8). Assim, os apóstolos testificaram do cumprimento básico do Velho Testamento na pessoa de Jesus. As promessas relacionadas a Israel como povo, dinastia, terra, cidades e montanhas não eram promessas em si mesmas, mas parte do plano de Deus para a salvação da humanidade.

O sentido teológico da história de Israel só pode ser plenamente compreendida por aqueles que acreditam que Jesus é o Messias, que o concerto de Deus com as 12 tribos de Israel foi cumprido e completado – não adiado – no concerto de Cristo com os 12 apóstolos (II Coríntios 3; Hebreus 4). A linha central do Evangelho e da esperança profética é que a Igreja de Cristo foi apontada para cumprir o propósito divino da eleição de Israel: ser uma luz salvadora para os gentios.

A Igreja cristã não foi criada através da pregação de Paulo entre os gentios, mas pessoalmente por Cristo dentro do judaísmo palestino. Em Seu batismo, Cristo “foi revelado a Israel” como o Messias da profecia (Isaías 42:53). Deus ungiu com o Espírito Santo (Atos 10:38) e anunciou do céu que Ele cumpriria o papel messiânico de suportar o pecado do mundo como o Cordeiro de Deus (João 1:29-34 e 41; Mateus 3:16 e 17). Sua vinda a Israel foi o maior teste para a nação judaica quanto ao seu relacionamento com o concerto de Deus. Como Messias, Ele foi a “pedra de tropeço” (Romanos 9:32 e 33; I Pedro 2:8).

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