Benjamin Netanyahu deixou para trás um clima tenso em Israel, onde enfrenta um escândalo de corrupção e se viu forçado a convocar eleições antecipadas para abril, para abraçar uma atmosfera mais aprazível no Rio de Janeiro. O premiê conservador desembarcou no Brasil com a mulher Sara e o filho Yair em uma viagem de cinco dias, todo um gesto para dar as boas-vindas ao ultradireitista Jair Bolsonaro, que tomou posse na presidência brasileira nesta terça-feira e tem como um das bandeiras fazer de Israel um "irmão" do Brasil. "Israel é a terra prometida e o Brasil é a terra da promessa”.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse a líderes judeus brasileiros no domingo que o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, informou que ele vai transferir a missão do país latino-americano de Tel Aviv para Jerusalém.
“O Sr. Bolsonaro também disse isso: eu mudarei a embaixada para Jerusalém. Não é uma questão de se, apenas uma questão de quando ”, disse Netanyahu.
A declaração veio depois que Netanyahu e Bolsonaro se encontraram na sexta-feira, e depois que uma fonte do governo israelense insistiu no sábado que a embaixada do Brasil se mudaria para Jerusalém era apenas "uma questão de tempo".
"A situação é semelhante à declaração do presidente dos EUA, Donald Trump", de que ele planejava transferir a embaixada dos Estados Unidos em dezembro de 2017, disse a fonte. "Ele declarou isso e o realizou mais tarde." A mudança da embaixada dos EUA ocorreu em maio de 2018, seis meses depois que Trump declarou sua intenção de fazê-lo.
Netanyahu anunciou sua viagem ao Brasil após um tweet de novembro de Bolsonaro, indicando que pretende transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, seguindo os passos de Trump. Na sexta-feira, Bolsonaro disse que espera visitar Israel em março de 2019, depois de aceitar um convite de Netanyahu (THE TIMES OF ISRAEL).
A HISTÓRIA DOS JUDEUS
Desde a destruição de Jerusalém, pelos romanos, no ano 70 DC, a Palestina tem sido um problema. É estranho que uma faixa de terra tão pequena (menor que o Estado de Sergipe), pudesse assumir tal importância. Estranho que um povo numericamente insignificante pudesse exercer tal influência no mundo. Estranho, de fato, até lermos os profetas hebreus.
Ninguém é capaz de compreender o judeu antes de compreender a Bíblia. Os judeus tinham um grande papel a desempenhar no mundo, e é por isso que Deus os colocou na Palestina. Moisés, o maior profeta deles, afirma: “Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando separava os filhos dos homens uns dos outros (filhos de Adão), fixou os termos dos povos, segundo o número dos filhos de Israel” (Deuteronômio 32:8).
O mundo deve muito aos hebreus. Eles já tinham uma literatura antes que a maioria das outras nações tivesse letras. Quando Deus chamou a Abraão, prometeu-lhe que sua posteridade se tornaria uma grande nação e que através dele seriam abençoadas todas as famílias da Terra (Gênesis 12:1-3). Posteriormente, devido à seca, seus bisnetos e trinetos se transferiram para o vale do Nilo e, eventualmente, seus descendentes se tornaram escravos dos egípcios.
Moisés, reunindo as qualidades de homem de estado à visão profética, levou esse povo à liberdade. Foi no Sinai que os israelitas receberam a sua missão. Mas antes que Deus pudesse molda-los em Seus instrumentos, o rude metal deste povo semítico tinha que ser fundido em unidade. Aquecidos pelas chamas da guerra, sacudidos sob os golpes de déspotas e depois mergulhados nas sibilantes águas do exílio, eles saíram, afinal, como aço temperado, para fazer um trabalho especial para Deus.
H. G. Wells, livre pensador, nem judeu e nem cristão, em seu livro, A Short History of the World (História Concisa do Mundo), pág. 123, declara que através de todos os séculos cheios de mudanças “somente um povo se manteve coeso... E eles conseguiram isso porque reuniram a sua própria literatura, a sua Bíblia... Não se trata tanto de os judeus terem feito a Bíblia como de a Bíblia ter feito os judeus”. Eis uma afirmação do propósito de Deus para os judeus: “Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu, porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava” (Deuteronômio 7:7 e 8). Ao serem chamados, eles foram encarregados de guardar os Seus mandamentos, com a promessa de que se o fizessem, seriam benditos “mais do que todos os povos” (versos 11-14).
Disse Deus ainda: “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo, e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos” (Isaías 42:6 e 7). E, no capítulo 49, versos 3 e 6: “Tu és o Meu servo, és Israel por quem hei de ser glorificado”. “Também te dei como luz para os gentios, para seres a Minha salvação até a extremidade da Terra”. Eles foram chamados em justiça para que pudessem dar o conhecimento da salvação aos confins da Terra.
Então Ele fala do “estrangeiro, que se houver chegado ao Senhor” e os “que guardam os Meus sábados, escolhem aquilo que Me agrada, e abraçam a aliança, darei na Minha casa e dentro dos Meus muros um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; ... também os levarei ao Meu santo monte, e os alegrarei na Minha casa de oração; ... porque a Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (Isaías 56:3-7).
A salvação nunca foi dada a uma nação só, mas aos povos de todas as nações: “Assim diz o Senhor Deus que congrega os dispersos de Israel: Ainda congregarei outros aos que já se acham reunidos” (verso 8). Deus comissionou os hebreus como os depositários de Sua mensagem de salvação aos confins da Terra. Os privilégios, entretanto, sempre trazem responsabilidades. Em Deuteronômio 28, encontramos a lei das bênçãos e das maldições. Se o povo de Deus obedecesse à Sua palavra e guardasse os Seus estatutos, seria bendito mais do que todos os povos.
Embora bonita, a história deles tem alguns capítulos trágicos. Nos dias de Jeremias, Deus chamou o Seu povo de volta a apostasia. Lemos em Jeremias 17:20-25: “Ouvi a palavra do Senhor, vós, reis de Judá e todo o Judá... Guardai-vos por amor da vossa alma, não carregueis cargas no dia de sábado... Se deveras Me ouvirdes... então pelas portas desta cidade entrarão reis e príncipes, ... e esta cidade será para sempre habitada”. E, então, conclui o verso 27: “Mas, se não Me ouvirdes, e por isso não santificardes o dia de sábado... então acenderei fogo nas suas portas o qual consumirá os palácios de Jerusalém, e não se apagará”.
A proposição foi claramente exposta: se eles obedecessem, a cidade permaneceria: se desobedecessem, seria destruída. Qual foi o resultado? “Mas não atenderam, não inclinaram os ouvidos, antes endureceram a sua cerviz, para não Me ouvirem, para não receberem disciplina” (versos 23).
Contudo, o mesmo profeta predisse o retorno deles à sua terra, declarando que isto ocorreria depois de setenta anos de cativeiro (Jeremias 25:8-11). Fiel à palavra profética, Ciro, o persa, emitiu um decreto real, e o povo retornou à terra de seus pais. Como o oleiro, Deus estava formando-o de novo.
Na foto, Benjamin Netanyahu (esquerda) e o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro.